INTRODUÇÃO
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é, sabidamente, uma doença de alta prevalência nacional e mundial, apresenta alta morbimortalidade, com perda importante da qualidade de vida. O diagnóstico não requer tecnologia sofisticada, e a doença pode ser tratada e controlada com mudanças no estilo de vida, com medicamentos de baixo custo e de poucos efeitos colaterais, comprovadamente eficazes e de fácil aplicabilidade na Atenção Básica (AB) (BRASIL, 2013). Sua evolução clínica é lenta, possui uma multiplicidade de fatores e, quando não tratada adequadamente, traz graves complicações, temporárias ou permanentes. Representa elevado custo financeiro à sociedade, principalmente por sua ocorrência associada a agravos como doença cerebrovascular, doença arterial coronária, insuficiência cardíaca e renal crônicas, doença vascular de extremidades. Sua característica crônica e silenciosa dificulta a percepção dos sujeitos portadores do problema. Traz, ainda, como consequências, internações e procedimentos técnicos de alta complexidade, levando ao absenteísmo no trabalho, óbitos e aposentadorias precoces, comprometendo a qualidade de vida dos grupos sociais mais vulneráveis (TOLEDO et al., 2007). A HAS é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Sua prevalência no Brasil varia entre 22% e 44% para adultos (32% em média), chegando a mais de 50% para indivíduos com 60 a 69 anos e 75% em indivíduos com mais de 70 anos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010). É sabido que o tratamento não medicamentoso é essencial para o controle da pressão arterial, visando mudanças nos hábitos de vida. Portanto, o comprometimento do indivíduo com sua saúde é fundamental e a capacitação do portador de hipertensão para o autocuidado torna-se uma parte essencial do tratamento. Identificação de fatores de risco para o desenvolvimento da hipertensão arterial é de suma importância, uma vez que se tem demonstrado que vários aspectos e lesões atribuídos à hipertensão é, na realidade, concomitantes ou antecedentes a mesma, tendo seu início de maneira precoce (OSORIO, 2016).
AUTORES:
Andréa Ferreira de Souza Kopke Alexandre
Karen Amorim dos Santos
Núbia Magon Parreiras Macedo
Tâmara Ferreira Miranda
Amanda Sarkis Moor Xavier
Juarez de Souza Pereira