INTRODUÇÃO
Esse trabalho é fruto de um projeto de
iniciação científica (PROINC) em desenvolvimento no Centro
Universitário de Valença (UNIFAA). Primeiramente, apresenta a
Educação Infantil, que se destaca na Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (BRASIL, 1996) em seu art. 29, como a primeira
etapa da educação
básica tendo como finalidade o desenvolvimento
integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Nesse interim, surgem diversos
questionamentos
inerentes ao brincar, à socialização, à
psicomotricidade, em decorrência do início da vida escolar. E
outro panorama que se apresenta refere-se a adaptação a esse momento, em contrapartida outros referem-se ao acolhimento. Essa
contradição se apresenta como uma problemática a ser respondida nesse contexto
escolar, considerando que a criança se apropriou de diferentes posições na
sociedade, como
afirmam Martinez e Pederiva (2014). Assim
sendo, precisa-se considerar as experiências de cada indivíduo,
fatores sociais, econômicos e culturais, e no que tange a criança pequena, Martinez e Pederiva (2014, p. 85) salientam que
“a concepção de
infância e o lugar que a criança assume na
sociedade não são alicerçados meramente em um fenômeno biológico, mas
constituem-se com base na cultura, em práticas sociais e
educativas estabelecidas ao longo da humanidade.” Ou seja, mais do que apenas uma questão de faixa etária, a infância é uma constituição
histórica e cultural. Nesse sentido, cada criança
vivência sua infância de maneira diferente, por exemplo, ao analisar a infância de uma criança que vive em uma área
marginalizada de
determinada cidade, em situações de violência e
vulnerabilidade social se comparada à uma criança que vive em um bairro
nobre, com boa infra-estrutura e qualidade de vida, é notável as
peculiaridades da infância de cada uma. Da mesma forma, a infância vivenciada em décadas passadas não é a mesma vivenciada
atualmente. Vale
ressaltar, que ao atuar no meio educacional,
presenciamos situações diversas dentro da escola, principalmente em início
de período letivo, porque são muitos os fatores que
influenciam nesse momento, tais como: sentimentos familiares; especificidades da criança; prática docente e normas da unidade de ensino. Diante
disso, os objetivos desse trabalho são: analisar a
diferença ou semelhança entre adaptação e acolhimento na educação infantil,
entender suas concepções e discutir a afetividade na rotina
infantil. Outrossim, esse tema traz grandes possibilidades de estudos e debates na área pedagógica, por exemplo, a vivência da criança
pequena neste período de ingresso na vida escolar. Partimos do pressuposto de
que “acolher uma
criança é, também, acolher o mundo interno da
criança, as suas expectativas, os seus planos, as suas hipóteses e as suas
ilusões. Significa não deixar passar, como se fosse um tempo
inútil, o tempo que a criança dedica as atividades simbólicas e lúdicas, ou o tempo empregado para tecer as relações escondidas com outras
crianças. (STACCIOLI, 2013, p. 28 apud FARIAS, p. 17050). Portanto,
acreditamos que a
chegada e permanência da criança na Educação
Infantil merece um olhar diferenciado, já que influencia
diretamente a vida dela e de seus familiares.
AUTORES:
Geicimara Fagundes Olavo
Lucielle de Paiva Furtado
Lucimeri Mauricio Ribeiro